1/15/2008

Perturbante

Um destes dias vi esta publicidade na TV


Até aparecer a pilha na caixinha pensei que estavam a falar de uma mãe que perde o filho... Uma das dores mais fortes que pode sentir um ser humano...
A mulher a chorar, a voz a dizer "pequenina, uma graça", "passou horas a ver televisão", "fazia parte da sua vida até que um dia o seu coraçãozinho parou mas você não tem de se culpar tentou reanimar la, fez tudo o que podia por ela, agora sabe que está na hora de a deixar partir. Custa mas você sabe que é melhor assim."
Pensei que era uma campanha de sensibilização aos acidentes domésticos ou uma doença...
Mas afinal Pilhas é no pilhão !!!!!!!!!???
Que merda é essa ? Explorar a minha emoção para me falar de pilhas gastas.
Eu não sou dos que se chocam facilmente. Pode haver complexidade, pontos de vista, graus de compreensão, contrastes, desníveis... Se fosse, como pensei ao principio, uma sensibilização a um acidente domestico. Se falasse de uma família que perdeu uma criança esta publicidade era pertinente e mobilizadora. O choque provocado pela realidade da situação seria sempre maior do que o choque provocado pelo reclame... Mas neste caso é o contrario.... Afinal estão a falar de pilhas... Fizeram me imaginar o pior para promover a reciclagem de pilhas... É urgente pensar na ecologia e na protecção do planeta... mas não é preciso fazer ir tão longe... O que vão fazer no caso de uma verdadeira acção de prevenção dos acidentes domésticos com crianças ? Este spot é uma banalização da emoção... Não vejo quem tem a ganhar com isto... As causas acho que não...

Já que estou a falar de triste figura... Aquele aviso "Compre o que é nosso" transmitido entre 20 publicidades para produtos... estrangeiros... Útil ?

1 comments:

Sílvia disse...

Como eu concordo contigo... realmente é mesmo triste que a publicidade em Portugal esteja assim... é um abuso contra as pessoas, os sentimentos... não se percebe... ou se calhar até se percebe... estamos em Portugal!